quarta-feira, 8 de junho de 2011

Softwares de edição de partituras

SOFTWARES DE EDIÇÃO DE PARTITURAS

Há uma grande variedade de softwares relacionados à música, surgindo sempre novas versões aperfeiçoadas a cada ano. Um destes softwares é o de edição de partituras. Um editor de partituras ou programa de notação musical, consiste em um programa utilizado para criar partituras musicais.

Funcionalidades

Através do editor de partitura se pode inserir, editar e imprimir notação musical, em variados graus de sofisticação, variando de programas que podem escrever uma simples canção, peças para piano ou tablatura, até aqueles que podem lidar com a complexidade de obras orquestrais e editoração musical de alta qualidade.
Para inserir a música pode utilizar-se do mouse, teclado de computador e/ou teclado MIDI. Já é possível em muitos programas a inserção através de sistemas de reconhecimento ótico de caracteres, tocar ou cantar ao microfone
A reprodução da música em muitos editores é pode ser feita via MIDI ou, em alguns casos, por programas sintetizadores.
Transposição, produção de partes cavadas de uma partitura ou aplicação de transformações como retrocesso são algumas outras funções que é possível realizar em alguns editores de partitura.
Quanto ao formato de arquivos, praticamente todos os editores de partitura possuem seus próprios formatos de arquivo. Por isto, muitos editores também podem importar ou exportar seus arquivos em mais de um formato, para que assim seja possível o compartilhamento de arquivos entre diferentes editores.
O MuseScore é um exemplo de software de edição de partitura que pode ser baixado gratuitamente. Outros muito utilizados são o Finale 3 e Sibelius 4. Estes são bastante avançados, incluindo vários sons sintetizados para ouvir as partituras produzidas. Os arquivos podem ser salvos em formato MP3 ou WAV. Também é possível salvar e abrir arquivos MIDI, ou seja, uma peça escrita nestes programas pode ser transferida para muitos gravadores digitais multipista, fazendo parte de uma produção musical.

Outros exemplos de editores de partitura são:
  • Encore
  • Finale, e suas versões leves: Allegro, PrintMusic, NotePad, Songwriter
  • Guitar Pro, escrito principalmente para guitarra e banda, mas também permite edição de outros instrumentos
  • Sibelius e suas versões leves Sibelius First, Sibelius Student, Sibelius Instrument Teacher Edition, G7
  • Arpege Music Software: Pizzicato Light, Pizzicato Beginner, Pizzicato Professional.
  • Berlioz
  • Capella
  • Copyist
  • Forte
  • Graphire Music Press
  • Igor Engraver
  • It's Music Time
  • JMSL
  • Lime
  • MagicScore
  • Mozart
  • Musedit
  • MusiCAD
  • Music Construction Set
  • Music Publisher
  • MusicMaster
  • MusicTime Deluxe, versão leve do Encore.
  • Music Write
  • Myriad Software, assistente de harmonia e melodia.
  • Notation Composer
  • Notion
  • NoteWorthy Composer
  • Overture e sua versão leve Score Writer.
  • PriMus
  • QuickScore Elite
  • Rhapsody
  • SmartScore, e suas versões leves: SmartScore Songbook, MIDI, Piano and Guitar Editions
  • Turandot

O download do MuseScore pode ser feito no site <http://www.musescore.org>. Para maiores informações sobre o Finale, acesse o site <http://www.finalemusic.com>. Informações adicionais sobre o Sibelius, acesse o site <http://www.sibelius.com>.


REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Editor de partitura. s.d. Disponível em: <http://pt.wikipedia.org/wiki/Editor_de_partitura> Acesso em: 05 jun.. 2011

quarta-feira, 25 de maio de 2011

Comentando sobre Paulo Freire

       

“A reflexão crítica sobre a prática se torna uma exigência da relação teoria prática sem a qual a teoria pode ir virando blablablá e a prática ativismo”. Paulo Freire


Para Paulo Freire, a teoria e a prática devem ser ligadas à uma reflexão crítica, para que aquilo que se pensa e faz possam ser melhor compreendidos e desenvolvidos na sociedade. O ensino deve ser conduzido de forma a traduzir as informações e conhecimentos de maneira a ser mais facilmente entendida e possível de reflexões. Com isto, percebemos o quão importante é o trabalho do educador de estimular a curiosidade e pensamento crítico dos alunos, levando-os a refletirem, raciocinarem, buscando cada vez mais conhecimentos e refletindo criticamente a cada novo conhecimento. A Educação deve ser então conduzida de forma a haver dialogicidade e criticidade, para que com a reflexão crítica o cidadão possa atuar de forma mais participativa na sociedade, buscando melhorá-la. O professor deve propiciar momentos de diálogo, reflexão e discussão crítica, dando maior liberdade de expressão para os educandos. Através da reflexão crítica podemos compreender melhor os caminhos pelos quais estamos seguindo, refletindo assim sobre nossas formas de atuação na sociedade e procurando sempre caminhos melhores para que nossos objetivos possam ser atingidos.

terça-feira, 24 de maio de 2011

Web 2.0 e Educação





O advento da tecnologia gerou um novo conceito de aprender. Houve o surgimento de vários cursos de Educação à Distância (EAD), os quais adotam novos recursos e ferramentas de ensino, tendo a Internet como suporte para a construção do conhecimento. Desta forma, o uso das ferramentas da Web 2.0, tais como os ambientes virtuais de aprendizagem (AVA), estão sendo muito utilizadas para promover a interação e compartilhamento do conhecimento. O compartilhamento de informações e a construção colaborativa do conhecimento representam o diferencial neste tipo de aprendizagem. As inúmeras ferramentas e recursos disponíveis, como blogs, wikis, podcasts, dentre outros, proporcionam uma diversidade de opções para a aprendizagem online, caracterizando-se pela alta interatividade que proporcionam aos seus usuários.
A Web 2.0 pode ser utilizada como suporte educacional em cursos à distância, cursos semi-presenciais ou até mesmo em cursos presenciais, em atividades complementares que se utilizem das tecnologias digitais. A evolução do conhecimento depende do trabalho coletivo, ou seja , a colaboração mútua. A interatividade conjunta possibilita ao aluno uma melhor compreensão e assimilação do conhecimento. Colaboração e interatividade caracterizam este novo tipo de aprendizagem, possibilitando a troca de idéias e experiências de forma coletiva.
Atualmente, existe vários tipos de ferramentas da Web 2.0 que podem ser utilizadas como suporte educacional, como softwares para criação de comunidades virtuais (Orkut, Blogs, Hi5); aplicativos para edição colaborativa (Blogs, Wikis, Podcasts, Google Docs); aplicativos de comunicação online (Skype, VoIp, Google Talk); aplicativos para acesso a vídeos (YouTube, Google Vídeos); aplicativos para bookmark social (Del.icio.us). Dentre os mais utilizados estão os blogs, wikis e podcasts.
Os blogs se constituem em espaços online para publicação de conteúdos diversos, podendo combinar textos, imagens, vídeos e links. Através da construção de blogs, há um estímulo ao pensamento crítico, por oferecer aos alunos a oportunidade de confrontarem suas idéias e reflexões, contribuindo assim para a construção social do conhecimento.
A Wiki é um espaço dinâmico que favorece o potencial colaborativo, fornecendo uma base de conhecimentos compartilhados. Através destes recursos, é possível que haja mais motivação nos alunos, pois passam da posição de leitor e observador para a de escritor, criador e autor de conteúdos. A utilização das wikis possuem os seguintes benefícios: interação e colaboração dinâmica com os alunos; troca de idéias; construção de glossários, dicionários, livros de texto, manuais e repositórios de aula; controle de todo o histórico de colaborações por aluno permitindo que o professor avalie sua evolução; dentre outros.
Os Podcasts são uma gravação de áudio personalizada para divulgar informações, opiniões e/ou entrevistas. Podem ser utilizados para disponibilizar nos ambientes virtuais de aprendizagem os conteúdos das aulas, explicações teóricas sobre um determinado assunto e comentários ou mensagens que podem ser ouvidos a qualquer momento pelos alunos.
Como observamos, com a utilização das novas tecnologias educacionais, as pessoas não são apenas meras consumidoras de informações, mas atuam de forma ativa na construção do conhecimento, produzindo informação, sendo tornando co-produtores ao editar conteúdos, etc. Desta forma, a Web 2.0 possibilita um ambiente para trabalho colaborativo e compartilhamento de conhecimento de forma coletiva e descentralizada de autoridade, dando liberdade aos usuários de utilizar e reeditar conteúdos. Assim, surge uma comunicação mais rica e dinâmica.


REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS


INFORMÁTICA NA EDUCAÇÃO. Uso do computador como mediador no processo ensino-aprendizagem na educação. 2008. Disponível em: <http://verainfedu.wordpress.co m/category/web-20-na-educacao/> Acesso em: 09 mai. 2011


RIBEIRO, Adriano Carlos; SCHONS, Cláudio Henrique. A contribuição da Web 2.0 nos sistemas de educação online. Anais do 4º Congresso Brasileiro de Sistemas. Centro Universitário de Franca UNI-FACEF. 29 e 30 de outubro e 2008. Disponível em: < http://www.facef.br/quartocbs/artigos/G/G_140.pdf> Acesso em: 09 mai. 2011

Reflexão sobre Músico ou Educador

Reflexões sobre Músico ou Educador?

Ser músico apenas não garante a competência como educador musical, pois este último deve ter não apenas conhecimentos técnicos da parte musical, mas também de disciplinas pedagógicas, pois muitos sabem somente para eles, mas não sabem como ensinar ou transmitir seus conhecimentos, como passar aquilo que sabem para outras pessoas, de maneira que possa ser bem compreendido. As habilidades de um músico a ser transferidas para a sala de aula são o seu conhecimento técnico sobre a música e seu instrumento. As habilidades de um músico educador que possibilitam o desenvolvimento de sua performance instrumental ou vocal são a segurança adquirida pela prática e experiência através de junção do músico ( que toca e apresenta ) e do educador ( que ensina aquilo que executa ).

Atividades com crianças até três anos

 A NATUREZA FALA
IDADE> De 2 a 3 anos.
TEMPO> 30 minutos.
ESPAÇO> Sala de atividades, pátio ou jardim.
MATERIAL> Desenhos, recortes ou vídeos mostrando animais e cenas da natureza.
OBJETIVOS> Brincar com a voz e trabalhar as possibilidades de sons que podemos emitir; estimular a criatividade e a imaginação; e aumentar o repertório.
Com base nas imagens, faça perguntas como: “Que som faz esse animal?”, “Como é o barulho do trovão?” ou “Como esse pássaro canta?” e deixe as crianças brincarem livremente.
 BRINCOS DE PARALENDAS
IDADE> De 6 meses a 3 anos.
TEMPO> 30 minutos.
ESPAÇO> Sala de atividades, pátio ou jardim.
MATERIAL> Letras de músicas, brincos e parlendas.
OBJETIVO> Se divertir com a música.
Parlendas são brincadeiras com rima e sem música. Brincos são geralmente cantados e envolvem movimentos corporais, como cavalinho ou balanço.
Exemplo de brinco: Serra, Serra, Serrador (Sente a criança em suas pernas, de frente para você e fique de mãos dadas com ela, fazendo movimentos de balanceio para a frente e para trás.) Serra, serra, serrador/ Serra o papo do vovô / O vovô está cansado / Deixa a serra descansar
Exemplo de parlenda Lá em Cima do Piano (Pode ser usado para escolher quem vai começar uma brincadeira. )
Lá em cima do piano / Tem um copo de veneno / Quem bebeu morreu / O azar foi seu

QUE SOM É ESSE?
IDADE> De 6 meses a 2 anos.
TEMPO> 30 minutos.
ESPAÇO> Sala de atividades.
MATERIAL> Objetos que emitam sons – chocalhos, sinos, matracas –, instrumentos musicais e brinquedos próprios para a idade.
OBJETIVO> Descobrir e produzir diferentes sons.
O bebê é estimulado a descobrir os sons que um objeto emite. Espalhe diversos brinquedos por perto da criança e estimule-a a descobrir cada som movimentando o objeto: tocando, apertando, chocando-o com outro (foto na pág. ao lado).
É importante estimular a pesquisa de possibilidades para produzir sons em vez de ensinar um único modo de tocar um instrumento, por exemplo.
 NOSSO REPERTÓRIO
IDADE> De 6 meses a 3 anos.
TEMPO> 30 minutos.
ESPAÇO> Sala de atividades.
MATERIAL> Aparelho de som e fitas cassete ou CDs variados.
OBJETIVO> Estimular o contato com a música e aprender a ouvi-la.
A música deixa de ser trilha sonora ou pano de fundo de outras atividades e passa a ser o foco. Além de estimular o ouvir, mostre à criança como acompanhar o som – batendo palmas, por exemplo, ou até mesmo cantando. É importante que ela tenha contato com um repertório musical variado – de música clássica a ritmos regionais brasileiros. Se você souber, toque um instrumento musical e cante, estimulando a criança a prestar atenção aos sons.


  A MÚSICA DOS NOMES
IDADE> A partir de 4 meses.
TEMPO> 30 minutos.
ESPAÇO> Sala de atividades, pátio ou jardim.
OBJETIVOS> Reconhecer o próprio nome e reforçar o vínculo com o educador.
Escolha uma música na qual você possa incluir o nome das crianças. Alguns exemplos: “Se Eu Fosse um Peixinho”, “A Canoa Virou”, “Ciranda, Cirandinha” e “Fui no Itororó”. Reúna a turma em um local agradável e cante. Os bebês também podem participar, já que a intenção é fazer com que se familiarizem com os nomes. Aos que já andam, sugira uma roda, que vai se formando com aqueles que ouvem o próprio nome.




PAPAI VEIO BRINCAR
IDADE> De 3 meses a 1 ano.
TEMPO> 30 minutos.
ESPAÇO> Sala ampla.
MATERIAL> Aparelho de som, CDs ou fitas cassete com músicas infantis, bolas, fantoches e panos coloridos.
OBJETIVO> Interagir ludicamente com os pais por meio da brincadeira.
PREPARAÇÃO> Decore o ambiente com os panos.
Coloque uma música e peça para o pai ou a mãe se sentar no chão com o filho. Você pode conduzir as brincadeiras, como rolar uma bola para a criança ou brincar com um fantoche, apresentando possibilidades de interação. Os pais se inspiram em você ou criam brincadeiras.

Dicas para o trabalho com musicalização infantil

Cantar muito Varie o repertório. Se você se sentir muito desafinado, recorra aos CDs. Alguns foram feitos para esse fim, como Músicas Folclóricas Brasileiras e Festas na Escola (Ed. G4, 15 reais cada). Outras opções são os livros acompanhados de CD O Tesouro das Cantigas para Crianças (Vol. 1 e 2, Ana Maria Machado, Ed. Nova Fronteira, 35 reais cada) e Cadernos de Atividades (Roseli Lepique e Mônica Lima, Ed. G4, 30 reais).

Brincar de roda É uma forma divertida de fazer a criança cantar, apurar a afinação, a percepção rítmica e melódica. O livro Brincando de Roda (Íris Costa Novaes, Ed. Agir, esgotado) traz uma série de sugestões.

Assistir a filmes Uma sugestão é o vídeo Pedro e o Lobo, da coleção Meus Contos Favoritos (Disney, 26,50 reais). As crianças poderão conhecer o som de diferentes instrumentos da orquestra.

Contar histórias As crianças gostam de ouvir, de contar e de cantar histórias. Use fantoches e proponha dramatizações. Ajuda nessa atividade o CD Mil Pássaros (Palavra Cantada, 22 reais).

Bater bola Bater a bola no chão (como no basquete) desenvolve o senso rítmico e a manutenção do andamento. É um desafio para crianças mais novas. Outra brincadeira tradicional, de bater bola na parede, pegá-la de volta realizando malabarismos enquanto se recita uma parlenda, também estimula muito a construção do controle rítmico.

Adivinhar Guarde em uma caixa objetos com sons diferentes: sininhos, chocalhos, apitos de pássaros, reco-reco, latas, flauta. No primeiro momento, deixe a turma olhar e experimentar. Depois, cubra os olhos das crianças e faça você o som, para que elas tentem descobrir o objeto. É um exercício preparatório para a percepção do timbre.

Pular corda Parece simples: duas crianças giram a corda e outra pula. Mas na atividade as crianças desenvolvem a nada trivial capacidade de prever o tempo rítmico. As crianças que giram a corda, por mais "ensaiadas", variam a velocidade. É como a dinâmica, nada constante, de um quinteto de jazz que interpreta uma canção. Há uma variação normal do movimento. A criança que pula tem de prever o movimento e pular no instante certo, se adaptando ao que vai acontecer e não ao que já aconteceu.

Construir objetos sonoros Encha potinhos de plástico ou latinhas de refrigerante (tenha o cuidado de pintá-los da mesma cor) com diferentes materiais (pedrinhas, botões, milho, arroz) e mostre às crianças as diferenças de sons (graves, médios e agudos). Depois peça a elas para organizá-los do mais grave para o mais agudo e vice-versa. O exercício pode evoluir para o toque do xilofone. O ideal é usar os que podem ser desmontados, para que a criança remonte seguindo as ordens acima.

Escutar o ambiente Convide todos a fechar os olhos e escutar. Depois converse sobre o que ouviram. Sons naturais (canto dos pássaros, latido de cães, vozes, vento, chuva) ou produzidos por máquinas e instrumentos musicais. Vale a pena também passear com as crianças pela escola para que elas observem os sons do cotidiano nos diferentes ambientes, como pátio, cozinha, corredores. Depois as crianças podem fazer mapas registrando suas observações, o que vai estimular a audição.

Tocar flauta doce Muitas secretarias de educação e escolas particulares têm adotado o uso da flauta na educação musical. É um instrumento fácil de ser dominado a partir de 5 anos. Você também pode aprender rapidamente. Um livro bastante usado é o Método de Flauta Doce, com CDs (Editora G4, 30 reais), que traz 22 músicas (com a melodia e apenas com o acompanhamento).

Ih, desafinou!

- É um erro pensar que trabalhando somente a letra da música você está fazendo educação musical. Nesse caso, você apenas está trabalhando poesia.

- É um equívoco trabalhar a música apenas em ocasiões especiais, sem que se faça um planejamento a longo prazo

- Evite usar a música somente para formar hábitos e atitudes - como lavar as mãos, escovar os dentes - ou para ajudar a memorizar números ou letras do alfabeto. Essas canções costumam ser acompanhadas por gestos corporais que são imitados pelas crianças de forma mecânica, sem criatividade.

- Focar as atividades em bandinhas rítmicas ou na confecção de instrumentos de sucata também não é recomendável. Esse material geralmente fica com uma qualidade sonora deficiente e reforça a imitação, deixando pouco espaço para as atividades de criação e percepção.

terça-feira, 3 de maio de 2011

Questão sobre a análise de um relato sobre a experiência em ensino de arte


Algumas diretrizes e orientações conceituais e propositivas do PCN Arte podemos encontrar no relato de experiência analisado. Dentre eles podemos comentar a preocupação em desenvolver no aluno o aspecto crítico e reflexivo, a fim de preparar as  crianças desde cedo à enfrentar a atual sociedade, com as competições, os progressos científico-tecnológicos, as grandes desigualdades sociais e tantos outros problemas da sociedade. Já esta desigualdade já pode ser observada pela autora do projeto ao pequisar sobre o contexto econômico-social que cada aluno estava inserido. Isto a ajudou no estabelecimento das intervenções pedagógicas necessárias mediante grupo tão heterogêneo, visando atender as necessidades de cada um.
O estabelecimento de vínculos da arte entre os conhecimentos escolares e seus modos de produção e aplicação na sociedade também pode ser observado, pois os alunos não apenas faziam, mas também eram levados a observar arte na sociedade, através da visita da galerias de arte, observação de auto-retratos de artistas antes de confeccionarem os seus próprios.
A ligação entre família, escola e comunidade foi estabelecida, sendo um dos pontos do PCN Arte. No projeto analisado, também pode ser verificado a inserção dos temas transversais, tais como meio ambiente, o que também representa um aspecto importante contemplado pelo PCN. De maneira lúdica e prazerosa para as crianças, temas importantes para conscientização foram trabalhados. Ainda podemos ressaltar a experiência do fazer, apreciar e contextualizar, elementos fundamentais do PCN Arte que também pode ser verificado neste projeto.
O conceito de arte trabalhado nesta proposta foi a Arte como potencial de transformação, preparando o aluno para exercer a cidadania, a relação da arte com o cotidiano do aluno, estabelecendo também a união família-escola.

Cinco pontos do PCN


1º Ponto: A relação entre a arte na escola e a arte na sociedade- A arte na escola é entendida como Educação Artística, enquanto atividade nos currículos oficiais, não sendo valorizada como as demais disciplinas, sendo que a Arte é apresentada como área de conhecimento. E a arte na sociedade, ocorre através dos trabalhos artísticos realizados no âmbito local, regional, nacional e internacional. A Arte é sem dúvida uma ferramenta eficaz de transformação e melhoria das pessoas e de suas relações, então precisamos pensar em uma forma mais direta, produtiva e atuante e também refletir sobre se a forma atual de ensinar Arte ser a ideal ou espelharmos em outras culturas e/ou realidades para caminharmos na direção de um aproveitamento mais eficaz.
2º Ponto: Temas Transversais e suas possibilidades para discussão na disciplina de Arte: Muitos trabalhos de Arte,expressam questões humanas fundamentais: falam de problemas sociais e políticos, de relações humanas, de sonhos, medos, perguntas e inquietações, de artistas, fatos históricos. Manifestações culturais e outros. Neste sentido, podem dar contribuição na contextualização dos temas transversais, produzindo uma aprendizagem mais concreta através dos produtos artísticos. Também aproveitar o conhecimento prévio do aluno e acrescentar a partir daí conteúdos que possam desenvolver sua percepção, ações, atitudes críticas, pensamentos reflexivos, ética, estética e acima de tudo a cidadania.
3º Ponto: Formação e capacitação do professor de Arte: Um problema grave enfrentado pela área de Arte é o pequeno número de cursos de formação de professores em nível superior. Na prática, tanto professores de Educação Física, licenciados em Pedagogia ou Escola Normal, vêm trabalhando nas escolas. Vale ressaltar que o educador bem formado, capacitado para ser um mediador do conhecimento e formação do aluno, tem êxito na escolha dos conteúdos da grade curricular.
4º Ponto: O processo de avaliação em Arte: Precisa ser realizada com base nos conteúdos, objetivos e orientação do projeto educativo na área que é dividido em 3 partes: Ver o nível de conhecimento artístico através de uma atividade, observação pelo professor na própria aprendizagem e /ou ao término de um conjunto de atividades. Procurar evitar o paradigma avaliativo que existe na educação contemporânea, avaliando na maioria das vezes, somente o momento desconsiderando todo trajeto percorrido pelo aluno para chegar até a tal ponto.
5º A experiência do fazer, apreciar e contextualizar- São três eixos da aprendizagem significativa do estudante de Arte. A aprendizagem de um procedimento se dá pelo fazer, o qual terá acompanhamento do professor. O apreciar envolve conhecimento literário, canção e a imagem que trarão oportunidade de se exercitar na prática artística e a contextualização envolve pesquisar e saber se situar no conhecimento de Arte, através do próprio trabalho artístico ou dos colegas e da Arte como produto social e histórico. Podemos ressaltar o trabalho em equipe, valorizando e desenvolvendo as relações entre os alunos e a inclusão entre os “diferentes”.    

EAD e aprendizagem em Educação Musical



Com a globalização, houve vários tipos de transformações, dentre elas, na educação. Surgiram novos paradigmas que valorizam no individuo a iniciativa, a complexidade, criatividade e a complementaridade. Nesta “sociedade do conhecimento”,as informações são veiculadas na maioria das vezes, através das novas tecnologias utilizadas em grande porte na educação a distância. Graças a estas inovações tecnológicas, o ensino a distancia tem ganhado prestígio e força. A Educação Musical também está se utilizando desta modalidade de ensino, onde o professor é mediador dos conhecimentos e a metodologia de ensino constituem-se em ferramentas para desenvolver a capacidade do raciocínio do aluno, levando-o a pensar criticamente. Consequentemente ele será um ser autônomo, terá raciocínio lógico, saberá organizar seus horários, irá pesquisar, escrever, enfim é ativo na construção de seus conhecimentos. Algumas contribuições da EAD no aprendizado da Educação Musical e outra áreas também são: a interação realizada através dos fóruns de discussão, contribuindo para uma forma colaborativa, onde todos contribuem no processo. Com a Internet são minimizados as diferenças, a aprendizagem pode ocorrer em momentos diferentes; ensino-aprendizagem coletivo; construção não linear do conhecimento, ampliação das possibilidades de ensino musical multicultural; a aprendizagem a partir da curiosidade do aluno. Com as oportunidades oferecidas pela EAD, as possibilidades são inúmeras para modalidade Educação Musical, pois a Internet possibilita facilidade no acesso as informações, vídeos, intercâmbio entre localidades distantes, gerando  trocas de experiência e contatos com a música de outras localidades.

Educação, ensino e instrução


Educação é um processo contínuo de desenvolvimento e aperfeiçoamento integral da capacidade física, intelectual, social e moral do indivíduo para a sua integração individual e social. Está relacionada com o contexto sócio-político-cultural de um povo, pois de acordo com o contexto a qual nos encontramos são os objetivos que deveremos alcançar. Portanto, a educação busca satisfazer os anseios da sociedade. Ela pode ser intencional (atividade social sistemática proporcionada por instituições próprias, com objetivos definidos, visando a assimilação de conhecimentos,  experiências, idéias, valores e práticas acumuladas ao longo dos anos) e não intencional (processo que ocorre naturalmente, de maneira informal e assistemática através das influências do contexto social e do meio ambiente).

Ensino é uma atividade que possibilita a instrução, ou seja, um processo que tem o objetivo que gerar a assimilação de conhecimentos e desenvolvimento de habilidades.

Instrução é o conhecimento adquirido.

A Educação refere-se ao desenvolvimento da personalidade e caráter humano, preparando-o para a integração social. O Ensino ajuda na formação do ser humano e leva à aquisição de conhecimentos e habilidades. Por fim, a Instrução é uma forma de manifestar-se o ensino, se constituindo em desenvolvimento de capacidades cognitivas e conhecimentos e saberes formalizados.



Educação Musical: Idéias e definições


A Educação Musical pode ser entendida como um conjunto de práticas de ensino relacionadas com o fazer musical, ocorrendo dentro de um contexto onde existem valores, normas, crenças e expectativas, sendo portanto, parte intrínseca da realidade social, devendo ser executada de forma a observar e vincular conhecimento construído e realidade social, de forma a atender os anseios da sociedade em questão. Pode ocorrer em diferentes espaços, tendo então diferentes objetivos e funções pedagógicas, estéticas e políticas.
A música e a educação musical faz parte da sociedade há muito tempo, sofrendo modificações na forma de como esta deve ser concebida, bem como seus valores e funções, de acordo com o período histórico e/ou cultura.
A música na Antiguidade estava relacionada com a educação geral do indivíduo e a formação do caráter. Já na Idade Média a função da música estava relacionada a atender as funções litúrgicas. Com o passar dos anos, a música foi adquirindo um caráter mais profissionalizante. No período do Romantismo surgem os primeiros conservatórios e ocorrendo também maior reflexão sobre a música e a educação musical. Nesta época, Herbart, responsável pelo primeiro sistema da teoria da educação, considera a formação do caráter moral do indivíduo como finalidade da educação musical.
A partir do século XX, grandes transformações ocorrem na forma de pensar e conceber a educação musical. Educadores musicais como Zóltan Kodaly, Émile Jaques Dalcroze, Carl Orff, dentre outros, revolucionaram as bases da educação musical através de suas idéias e trabalhos realizados nesta área. A Educação Musical passou a ser vista como uma linguagem artística capaz de influenciar positivamente no desenvolvimento cognitivo, intelectual e afetivo dos educandos, desta forma, favorecendo o desenvolvimento da criança em aspectos como a socialização, alfabetização, inteligência, capacidade inventiva, expressividade, coordenação motora, percepção sonora, raciocínio lógico e matemático, estética, dentre outros. Estes educadores fundaram os chamados métodos ativos de educação musical, afirmando a importância do aprendizado musical partir de vivências e experiências concretas dos alunos com relação aos elementos sonoros, para depois se partir para conceituações teóricas.
Para Dalcroze, a educação musical está relacionada com escuta e movimento corporal, sendo imprescindível a vivência prática dos fenômenos sonoros. Kodály encara a educação musical como uma ferramenta de fortalecimento da identidade da nação. Em seu trabalho dá ênfase ao canto coral e valorização e resgate da cultura nacional através da utilização de canções folclóricas. Outro grande educador musical foi Shiniki Suzuki, o qual desenvolveu um trabalho de educação musical demonstrando a relação entre música, amor e melhora da auto-estima. Desmistifica a crença sobre a música ser um dom e acessível para poucos, pois para ele, todos tem o potencial para aprender música, relacionando o ensino musical com o ensino da língua-mãe. No trabalho destes educadores musicais, há um desenvolvimento individual e coletivo, valorização da cultura popular, existindo também uma relação entre educação musical e formação e desenvolvimento do ser humano em diversos aspectos. Segundo Joly, a educação musical pode contribuir no desenvolvimento intelectual, além de outros processos de cognição tais como a memória, a imaginação, a comunicação verbal e corporal.
A Educação Musical na atualidade volta-se para o lado social e desenvolvimento do ser humano em seus múltiplos aspectos (físico, mental, social, emocional e espiritual), sensibilizando-o e promovendo o seu desenvolvimento em várias áreas do saber. Pode ser considerada como um agente facilitador do processo educacional, contribuindo também para a integração social, favorecendo o bem-estar e o crescimento das potencialidades do ser humano.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

FERES, J.M. Iniciação musical: brincando, criando e aprendendo. São Paulo, Ricordi Editora, 1989.
FONTERRADA, Marisa Trench de Oliveira. De tramas e fios: um ensaio sobre música e educação. São Paulo: Editora UNESP, 2008

A Inclusão Digital no Processo Educativo


A universalização do acesso às tecnologias da informação e comunicação, ou seja, a chamada inclusão digital, é discutida no país desde a década de 1980. Na atual sociedade da informação, o acesso às tecnologias digitais se torna cada vez mais importante na formação intelectual, profissional e pessoal de todas as pessoas.
A Educação à Distância (EAD) é uma proposta inovadora de aprendizagem que utiliza o ciberespaço para a processo de ensino-aprendizagem. O que antes era visto com preconceito, hoje já notamos uma sociedade mais aberta às mudanças na forma de como o conhecimento é produzido. Resultados positivos já são observados e os benefícios desta nova forma de ensino podem ser comprovados, tais como o fato de ser mais econômico por não ter custos com deslocamento geográfico, podendo cada aluno se conectar de qualquer parte do mundo; conhecimento construído de forma colaborativa; dentre outros. Este tipo de ensino-aprendizagem já se apropriou das novas formas educacionais aliadas às tecnologias digitais. Quanto à escola formal de ensino tradicional, ainda caminha a passos lentos neste sentido.
As tecnologias digitais já fazem parte de nosso dia-a-dia, pois estão presentes em vários setores da sociedade. Desta forma, a inclusão digital deve fazer parte do processo educativo. A escola atua de forma ampla na sociedade, se constituindo num espaço de inserção dos jovens na cultura de seu tempo, sendo ela responsável pela crítica dos saberes, valores e práticas da sociedade. Possibilitar ao aluno a vivência crítica com as redes digitais, proporcionando a utilização ativa destas novas formas de comunicação e produção do conhecimento torna-se uma função da escola no sentido de contribuir no processo de inclusão. O professor, por sua vez, deve se inteirar deste novo mundo virtual, obtendo os subsídios necessários para articular e argumentar sobre as novas tecnologias, com práticas didático-pedagógicas que contemplem as tecnologias da comunicação e informação.
A ampliação do acesso à computadores, o acesso à Internet e outras tecnologias digitais não é suficiente para que a inclusão digital realmente se efetive. Para que isto ocorra, é necessário investir em programas de capacitação dos educadores e outros agentes educacionais para a utilização pedagógica das tecnologias, preparando o aluno para atuar na sociedade com responsabilidade e senso de cidadania, de forma crítica e participativa. O que observamos é a utilização destas ferramentas educacionais apenas como apoio à educação, servindo apenas para pesquisas escolares, por exemplo. Desta forma, as escolas estão equipadas com computadores com acesso à Internet, mas o sistema educacional continua o mesmo. Observamos que a escola ainda necessita de mudanças pedagógicas e estruturais para que possa atender de forma mais adequada e eficaz, proporcionando ao aluno o desenvolvimento científico e tecnológico. As tecnologias devem ser utilizadas na educação com o objetivo de transformar as formas de pensar, comunicar e produzir conhecimento, valorizando a interatividade e práticas colaborativas e de compartilhamento, formando assim cidadãos produtores de conhecimento. Estas ferramentas digitais utilizadas apenas como um complemento ou animação da educação tradicional acaba por formar cidadãos apenas repetidores de idéias e consumidores de informações.
A inclusão digital não pode ser obtida apenas na compra de computadores para as pessoas menos favorecidas financeiramente e ensinando a utilizar alguns programas computacionais. O acesso às tecnologias é apenas um dos fatores a serem considerados neste processo. É necessária sim, ação governamental para a ampliação e melhoria da infra-estrutura de acesso, mas também a capacitação do cidadão para a utilização das informações e serviços disponíveis na rede.  Esta capacitação inclui não apenas a aquisição de habilidades básicas para a utilização de computador e Internet, mas também o uso das mídias e informações disponíveis de forma consciente e responsável, a fim de atender os interesses e necessidades individuais e sociais. Com apenas um clique temos à nossa frente um universo de informações, ficando difícil assimilar e selecionar de forma crítica e reflexiva tudo que encontramos. Desta forma, surge a expressão ‘alfabetização digital’, ou melhor, ‘letramento digital’. Na alfabetização o aluno aprende a ler e escrever, mas muitas vezes não é capaz de interpretar, construir argumentações, redigir textos formais, etc. Já o letramento é um processo construído nas práticas sociais. O letramento digital pode ser entendido como uma formação não apenas para a aprendizagem da codificação e decodificação da escrita, utilização correta de teclado, mouse, programas computacionais, dentre outros, mas como uma forma de inserção nas práticas sociais mediadas por computador ou outros equipamentos eletrônicos. Desta forma, o indivíduo é capacitado para compreender, selecionar e reelaborar as informações obtidas de forma crítica, colaborando para o crescimento individual e social.
O surgimento das tecnologias digitais e com isso o excesso e rapidez de informações disponíveis traz à tona a necessidade de uma inclusão digital voltada para a capacitação do uso destes recursos de forma responsável, crítica e reflexiva, selecionando e filtrando as informações realmente necessárias e utilizando-as para a construção do conhecimento.




REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BONILLA, Maria Helena Silveira. Inclusão digital nas escolas. s.d. Disponível em: <http://www.ici.ufba.br/twiki/pub/GEC/RepositorioProducoes/artigo_bonilla__mesa_inclusao_digital.pdf> Acesso em: 29 abr. 2011

SILVA, Helena; JAMBEIRO, Orthon; LIMA, Jussara; BRANDÃO, Marco Antônio. Inclusão digital e educação para a competência informacional: uma questão de ética e cidadania. Ciência da Informação, Brasília, v. 34, n.1, p.28-36, jan./abr. 2005.

terça-feira, 26 de abril de 2011

Perfil- Quem sou eu?

Sou aluna do Curso de Educação Musical pela Universidade Federal de São Carlos. Atuo como professora de piano, órgão e teclado. Amo o meu trabalho e me realizo com ele. Estou sempre em busca de novos conhecimentos, estratégias e métodos de ensino que venha despertar o interesse do aluno e facilitar o seu acesso ao "mundo sonoro".

Objetivo deste Blog


Este blog foi criado com a intenção de expôr, materiais e assuntos relacionados com a Educação Musical de maneira geral, trocando idéias e informações sobre o assunto. Espero poder compartilhar informações que venham ser utéis aos profissionais, estudantes ou qualquer pessoa que tenha interesse nesta área. Logo serão postados artigos e materiais sobre a educação musical, buscando sempre a atualização e complementação necessária. Para um futuro próximo, o objetivo é fazer uso deste blog para troca constante de informações, idéias, materiais e atividades de educação musical que venha contribuir em nosso trabalho como educadores musicais.